Ingressantes em 2022
- A interferência de gêneros digitais orais na escrita: produções de vlog científico e artigo de opinião Amanda Bastos Souza
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Resumo: O estudo lexical desempenha um papel fundamental na educação básica, especialmente quando se refere ao uso das palavras e suas combinações (BIDERMAN, 2005; LEFFA, 2000; ANTUNES, 2012). Uma maneira de refletir sobre o ensino do léxico nas aulas de língua portuguesa é analisar os materiais didáticos (BEZERRA; DIONÍSIO, 2003; CRUZ, 2016) disponíveis e utilizados no contexto escolar como ferramenta que impulsiona o enriquecimento vocabular do indivíduo. Pensando nisso, este estudo se propõe a analisar as atividades propostas no Caderno da Cidade - saberes e aprendizagens do 8.º e do 9.º ano, considerando o estudo lexical (BIDERMAN, 1998) como fundamental para a compreensão de textos (MARCUSCHI, 2011; KOCH; ELIAS, 2011). A análise empreendida averiguou as atividades referentes a um dos gêneros textuais da ordem do argumentar: o artigo de opinião. É por meio do texto que os estudantes podem desenvolver suas habilidades de leitura crítica, interpretação de texto e argumentação, por isso buscou-se verificar o papel da inferência do significado lexical no material em análise, refletindo sobre a importância desse processo cognitivo na compreensão textual (KOCH, 1993; MARCUSCHI, 1999; FERREIRA; DIAS, 2004; LISKA, 2012). Visou, ainda, a verificar se a consulta a dicionários é incentivada por atividades do material didático e como são as indicações de uso. Além da análise, é sugerida a ampliação e/ou substituição das atividades propostas no material em questão, com ênfase no estudo lexical como facilitador da compreensão de texto (KLEIMAN, 1987; GIL, 2016). A análise do material didático e as sugestões de atividades demonstraram como a ênfase no estudo das escolhas lexicais e o uso habitual do dicionário no contexto escolar podem promover a ampliação do repertório lexical dos estudantes, contribuindo para a aquisição de vocabulário e para o desenvolvimento de uma leitura mais crítica, fluente e autônoma por parte dos estudantes.
Autoria: Amanda Bastos Souza
Orientadora: Profª. Drª. Beatriz Daruj Gil
PDF - Sérgio Vaz e a Poética Marginal na sala de aula: da escrita ao Slam Ana Lucia de Souza
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Resumo: O estudo lexical desempenha um papel fundamental na educação básica, especialmente quando se refere ao uso das palavras e suas combinações (BIDERMAN, 2005; LEFFA, 2000; ANTUNES, 2012). Uma maneira de refletir sobre o ensino do léxico nas aulas de língua portuguesa é analisar os materiais didáticos (BEZERRA; DIONÍSIO, 2003; CRUZ, 2016) disponíveis e utilizados no contexto escolar como ferramenta que impulsiona o enriquecimento vocabular do indivíduo. Pensando nisso, este estudo se propõe a analisar as atividades propostas no Caderno da Cidade - saberes e aprendizagens do 8.º e do 9.º ano, considerando o estudo lexical (BIDERMAN, 1998) como fundamental para a compreensão de textos (MARCUSCHI, 2011; KOCH; ELIAS, 2011). A análise empreendida averiguou as atividades referentes a um dos gêneros textuais da ordem do argumentar: o artigo de opinião. É por meio do texto que os estudantes podem desenvolver suas habilidades de leitura crítica, interpretação de texto e argumentação, por isso buscou-se verificar o papel da inferência do significado lexical no material em análise, refletindo sobre a importância desse processo cognitivo na compreensão textual (KOCH, 1993; MARCUSCHI, 1999; FERREIRA; DIAS, 2004; LISKA, 2012). Visou, ainda, a verificar se a consulta a dicionários é incentivada por atividades do material didático e como são as indicações de uso. Além da análise, é sugerida a ampliação e/ou substituição das atividades propostas no material em questão, com ênfase no estudo lexical como facilitador da compreensão de texto (KLEIMAN, 1987; GIL, 2016). A análise do material didático e as sugestões de atividades demonstraram como a ênfase no estudo das escolhas lexicais e o uso habitual do dicionário no contexto escolar podem promover a ampliação do repertório lexical dos estudantes, contribuindo para a aquisição de vocabulário e para o desenvolvimento de uma leitura mais crítica, fluente e autônoma por parte dos estudantes.
Autoria: Ana Lucia de Souza
Orientadora: Profª. Drª. Elis de Almeida Cardoso Caretta
PDF - Da poesia à reivindicação: o poema "Protesto" de Carlos de Assumpção no Ensino Fundamental II Margarete Duvige Ferreira da Silva
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Resumo: Esta dissertação de mestrado Profissional em Letras tem como proposta aprimorar a leitura e a produção textual dos alunos, com foco nos recursos argumentativos presentes no poema "Protesto", de Carlos de Assumpção, em que esses aspectos estão largamente presentes. Como estratégia, foi utilizada uma sequência de atividades voltada ao reconhecimento e ao desenvolvimento das habilidades argumentativas, conforme se apresentam no gênero analisado. A escolha deu-se pelas possibilidades oferecidas pelo texto poético cuja linguagem evoca sentidos e emoções através de escolhas específicas para sua escrita, o que vem ao encontro da necessidade do educando de inferir a presença de valores culturais e sociais em um texto literário, neste caso, de caráter reivindicatório por justiça racial, expressos por meio de variadas estratégias: escolhas lexicais, figuras de linguagem e pensamento, além de diversos recursos persuasivos, a fim de expressar um posicionamento crítico e sensibilizar o leitor. A sequência foi aplicada em uma escola pública da rede municipal de São Paulo com três turmas de alunos do 8º ano do Ensino Fundamental, dentro da carga horária de aulas da docente no ano de 2023. O poema-protesto é de autoria do professor, poeta e militante negro, Carlos de Assumpção atualmente com 98 anos, fomentador cultural na cidade de Franca, onde reside. A escolha do tema, bem como do autor também visam a contemplar a lei 10.639/03, por se tratar de temática relevante e de cunho antirracista, imprescindível ao desenvolvimento crítico e histórico-cultural dos estudantes, além de estar em consonância com o Currículo da Cidade de São Paulo e com o Currículo Educação Antirracista: Orientações Pedagógicas: Povos Afro-brasileiros (2022) A metodologia aplicada foi a pesquisa qualitativa, por meio de sequência de atividades que aprofundou a análise e leitura do texto-fonte, o poema, buscando apresentar aos estudantes os recursos linguísticos discursivos e argumentativos presentes no gênero, sua intencionalidade e força poética para que, repertoriados, eles produzissem os próprios poemas-protesto, refletindo sobre a escolhas e significados, ao empregar os mesmos recursos do poema estudado. Além da verificação das características próprias do gênero poético, os estudantes também seriam motivados a desenvolver o espírito crítico. Estão em anexo alguns exemplares das produções, como ilustração desse processo. Quanto ao aporte teórico consultado para direcionar o trabalho docente na preparação dos estudantes, destaco a contribuição da obra de Jolibert (1994) cuja proposta de canteiros (oficinas) foi relevante para a organização e direcionamento dos alunos para as primeiras escritas, bem como as etapas de reescritas. Ressalto, também, Antônio Candido (1996) autor fundamental para a análise pormenorizada do poema -Protesto?, dado que: -análise e interpretação representam os dois momentos fundamentais do estudo do texto, isto é, os que se poderiam chamar respectivamente o "momento da parte" e o "momento do todo? (grifo do autor). (Candido, 1996, p. 18). Importante salientar, ainda, o apoio da concepção dialógica de Bakhtin (2011) explicitamente depreendida do poema, tendo em vista que o eu lírico se dirige diretamente a um outro (o leitor pressuposto) e faz referência a outros, no caso, os antepassados. Jakobson (2001) e o conceito de funções da linguagem foram importantes para a análise do poema e Goldstein (2006), para o levantamento dos recursos poéticos. Outras fontes serão citadas ao longo do trabalho.
Autoria: Margarete Duvige Ferreira da Silva
Orientadora: Profª. Drª. Norma Seltzer Goldstein
PDF - O estudo lexical no artigo de opinião: uma reflexão sobre as atividades propostas no Caderno da Cidade Natália Avilla Andrade
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Resumo: O estudo lexical desempenha um papel fundamental na educação básica, especialmente quando se refere ao uso das palavras e suas combinações (BIDERMAN, 2005; LEFFA, 2000; ANTUNES, 2012). Uma maneira de refletir sobre o ensino do léxico nas aulas de língua portuguesa é analisar os materiais didáticos (BEZERRA; DIONÍSIO, 2003; CRUZ, 2016) disponíveis e utilizados no contexto escolar como ferramenta que impulsiona o enriquecimento vocabular do indivíduo. Pensando nisso, este estudo se propõe a analisar as atividades propostas no Caderno da Cidade - saberes e aprendizagens do 8.º e do 9.º ano, considerando o estudo lexical (BIDERMAN, 1998) como fundamental para a compreensão de textos (MARCUSCHI, 2011; KOCH; ELIAS, 2011). A análise empreendida averiguou as atividades referentes a um dos gêneros textuais da ordem do argumentar: o artigo de opinião. É por meio do texto que os estudantes podem desenvolver suas habilidades de leitura crítica, interpretação de texto e argumentação, por isso buscou-se verificar o papel da inferência do significado lexical no material em análise, refletindo sobre a importância desse processo cognitivo na compreensão textual (KOCH, 1993; MARCUSCHI, 1999; FERREIRA; DIAS, 2004; LISKA, 2012). Visou, ainda, a verificar se a consulta a dicionários é incentivada por atividades do material didático e como são as indicações de uso. Além da análise, é sugerida a ampliação e/ou substituição das atividades propostas no material em questão, com ênfase no estudo lexical como facilitador da compreensão de texto (KLEIMAN, 1987; GIL, 2016). A análise do material didático e as sugestões de atividades demonstraram como a ênfase no estudo das escolhas lexicais e o uso habitual do dicionário no contexto escolar podem promover a ampliação do repertório lexical dos estudantes, contribuindo para a aquisição de vocabulário e para o desenvolvimento de uma leitura mais crítica, fluente e autônoma por parte dos estudantes.
Autoria: Natália Avilla Andrade
Orientadora: Profª. Drª. Mariângela de Araújo
PDF - Podcast na escola: Oralidade, escrita, exercício da cidadania Orlando Dias Sales
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Resumo: O ensino de língua materna, por parte da escola, tem deixado de lado os contextos de letramento no uso oral da língua, passando ao segundo plano a responsabilidade de promover o ensino desta modalidade, já que, no cotidiano dos alunos, a língua oral é mais usual que a escrita (MARCUSCHI, 2010). Propomos, por meio do suporte digital podcast, auxiliar alunos do 7º ano na construção de entrevistas, contribuindo para desenvolver a aprendizagem da modalidade oral, sem desconsiderar a atenção à escrita. O ponto de partida é a elaboração escrita de um roteiro que, quando oralizado, torna-se suporte para a condução de programa radiofônico com um entrevistado, estabelecendo a interação entre ele e os ouvintes. O entrevistado convidado não faz uso de suporte escrito, mas apenas da fala espontânea. Já o aluno entrevistador apresenta suas questões elaboradas previamente. Esse imbricamento de modalidades da linguagem promoveu oportunidade para a observação da relação entre escrita, oralização e fala espontânea. A pesquisa, de caráter qualitativo, teve algumas etapas: i) o contato com o gênero entrevista; ii) a elaboração escrita do roteiro de questões pelo entrevistador; iii) a transposição do roteiro escrito para o diálogo oral com a pessoa entrevistada, no momento da apresentação do podcast. Em seguida, foram avaliadas a evolução da leitura e da escrita do aluno em uma situação de uso da língua (entrevista), com algumas marcas da fala espontânea, inevitáveis, mesmo acompanhada por suporte escrito. O recurso foi o aparelho celular, por meio de gravador de voz. Os áudios que compõem o programa, sonoplastias e entrevistas, foram editados posteriormente. A meta foi a construção de programas compartilhados em rede social, uma fanpage no Facebook, elaborada pela turma, podendo ser prestigiada pela comunidade escolar e seus familiares.
Autoria: Orlando Dias Sales
Orientadora: Profª. Drª. Norma Seltzer Goldstein
PDF - Leitura e escrita de crônicas no ensino fundamental II - anos finais Paula Rosiska
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Resumo: Professores da educação básica, há anos, deparam com o desafio de proporcionar o letramento literário a jovens que, devido a fatores histórico-sociais, estão distantes da palavra escrita. Os quase dois anos de ensino remoto, implementado às pressas na pandemia de Covid-19, culminaram em ainda mais distanciamento das leituras que, costumeiramente, apenas chegam às pessoas por meio do ambiente escolar. Enquanto docentes e estudantes estavam em processo de letramento digital, para emular esse ambiente em plataformas de ensino, as leituras literárias foram justificadamente postergadas. Em virtude de tais circunstâncias, o desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita dos estudantes, exigidas dos alunos do Ciclo Autoral, tornou-se tarefa ainda mais intrincada. Diante do quadro apresentado, foi elaborada uma adaptação de sequência didática, como desenvolvida por Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004), a ser aplicada no sétimo ano de uma escola da rede municipal de São Paulo. Para isso, o gênero crônica foi escolhido, porque, além de abordar os temas do cotidiano, que passaram a ser valorizados após o isolamento pandêmico, é um texto enxuto, com linguagem coloquial. Como embasamento teórico sobre o gênero, recorremos sobretudo aos estudos de Arrigucci (1987); Candido (1981); Candido (2011) e Coutinho (2003). Acerca das práticas de ensino de leitura e escrita, Antunes (2010, 2017), Cosson (2020, 2022), Jolibert (1994), Rouxel; Langlade; Rezende (2013) respaldam este trabalho, que teve como ponto de partida, roda de conversa para diagnosticar os hábitos de leitura dos meus alunos. A partir do que foi verificado, fez-se necessário adaptar alguns conceitos de Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004), para iniciar a proposta de produção, para que os jovens estivessem em processo de autoria compreendendo seu papel na esfera literária ainda que em ambiente escolar. A partir da verificação das produções textuais, com estabelecimento e tabulação de critérios de análise, foi possível constatar que os textos selecionados e trabalhados em sala de aula tiveram influência na escrita dos estudantes indicando a importância do desenvolvimento de uma proposta voltada para quem desenvolve a produção em um trânsito entre o que já foi escrito e o que podemos escrever.
Autoria: Paula Rosiska
Orientadora: Profª. Drª. Ana Elvira Luciano Gebara
PDF - Letramentos literários para alunos do nono ano: proposta de atividades dialógicas e produção de diário de leitura com a obra Terra sonâmbula, de Mia Couto Renata Feitosa Silva
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Resumo: O trabalho com o texto literário não é uma prática recorrente nos anos finais do ensino fundamental, visto que o foco a tal âmbito do estudo de língua portuguesa é dado somente nas séries subsequentes. Assumindo a visão de literatura como um direito humano essencial - defendida por Cândido (2004) - surge o tema de pesquisa desenvolvido - uma proposta de atividades dialógicas voltadas à formação de leitores literários no nono ano do ensino fundamental, baseada nos estudos de letramentos literários de Rildo Cosson (2014), Mirian Zappone (2008), Neves e Bunzen Júnior (2021) e Amorim et al. (2022). A partir desse pressuposto fez-se necessário investigar as definições de letramentos em geral até, especificamente, os literários e a sua inserção nos documentos normativos vigentes, a inclusão da literatura africana no currículo - garantida pela lei 10.639/2003 e ainda pouco implementada - e refletir a respeito da definição de dialogismo e gêneros do discurso propostas por Bakhtin (2016), e do gênero diário de leitura - arcabouço das pesquisas de Machado (1998), Rouxel (2014) e Souza (2020). O ponto de partida para o corpus dessa dissertação foi a leitura crítica - pelos estudantes - da obra Terra sonâmbula, do autor moçambicano Mia Couto, em diálogo com outros textos de mesma temática. O objetivo deste trabalho foi desenvolver atividades - baseadas na sequência didática proposta por Dolz e Schneuwly (2004) e nas propostas de diário de leitura de Ana Rachel Machado (1998) - para incentivar o gosto pela leitura literária em sala de aula, bem como para aproximar alunos e obra ficcional, uma vez que tal livro apresenta um relato de vida próximo àquele vivido pela comunidade escolar. O processo de produção teve como foco a leitura crítica das duas histórias paralelas e complementares: a sobrevivência de Muidinga e Tuahir e os Cadernos de Kindzu, presentes na leitura utilizada como base para o estudo, para culminar com a confecção dos Diários de leitura 9A, escritos pelos discentes a partir das vivências e da inserção deles na leitura. A finalização do projeto foi a tarde de autógrafos dos livros impressos, a entrega deles aos responsáveis pelos discentes e a distribuição do PDF da produção aos amigos e familiares. Tais atividades e produções são o corpus para análise de todo processo de letramentos literários e de aquisição das habilidades propostas pela BNCC a partir de atividades dialógicas.
Autoria: Renata Feitosa Silva
Orientadora: Prof°. Dr°. Manoel Mourivaldo Santiago Almeida
PDF - A reescrita na construção da competência escritora: o substantivo, as expressões nominais e o pronome na referenciação em lendas indígenas produzidas por alunos do 4º ano do Ensino Silvana Ferreira Dias Barros
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Resumo: O estudo linguístico deve estimular e direcionar o aluno a refletir sobre a língua dentro dos enunciados concretos, orais, escritos ou multimodais, permitindo que o educando perceba a funcionalidade e o uso dos elementos linguísticos como recursos para a comunicação. Esta pesquisa apresenta o desenvolvimento de uma sequência de atividades, baseada em Dolz e Schneuwly (2004), contendo as etapas de produção escrita do gênero textual lendas indígenas realizadas pelos alunos do 4º ano do Ensino Fundamental, com o objetivo de utilizar a reescrita, uma dessas etapas de produção, e a sistematização dos conhecimentos linguísticos produzidos por ela como material de estudo para a gramática contextualizada. No processo de reescrita, voltaremos nosso foco para a percepção e compreensão da função dos substantivos, das expressões nominais e dos pronomes na construção da referenciação, solucionando o problema da repetição de palavras que, em alguns casos, provocam prejuízo à continuidade textual e que é recorrente nas produções dos estudantes. Além disso, serão analisados os contextos que motivaram as escolhas e, consequentemente, as substituições realizadas pelos educandos. Os pronomes serão analisados a partir da substituição gramatical (retomada por pronomes) e os substantivos e expressões nominais serão analisados a partir da substituição lexical (retomada por sinônimo, hiperônimos e hipônimos). Na análise dessa pesquisa serão apresentadas informações referentes às estratégias de correção (indicativa, resolutiva, classificatória e interativa), que interferem no processo de reescrita, assim como as estratégias que caracterizam o próprio processo de reescrita (acréscimo, supressão, substituição e deslocamento). O corpus desta pesquisa será constituído pelas produções escritas de estudantes do 4º ano do Ensino Fundamental da EPG Anselmo Duarte (Escola da Prefeitura de Guarulhos Anselmo Duarte). As produções dos alunos serão utilizadas, portanto, como material de estudo na aquisição de conhecimentos linguísticos e extralinguísticos. Para a realização deste trabalho, foram utilizadas as concepções de texto de (Antunes, 2017); linguística textual (Marcuschi, 2012); gramática contextualizada (Antunes, 2014); gramática (Possenti, 2012); sequência didática e gêneros textuais (Dolz e Schneuwly, 2004); coesão e coerência (Fávero, 1991; Antunes, 2005; Marcuschi, 2012; Koch, 2001); referenciação (Cavalcante, 2013) e reescrita (Jesus, 2001; Ruiz, 2020; Fabre, 2014). Com a realização desta pesquisa pretende-se apresentar uma proposta para os professores em sala de aula que sentem dificuldades na elaboração de um estudo reflexivo sobre a língua, em que os educandos consigam compreender o uso dos elementos linguísticos em suas produções. O trabalho com a reescrita coletiva possibilita ao aluno refletir, compreender e utilizar elementos linguísticos textuais que desenvolvam sua habilidade escritora.
Autoria: Silvana Ferreira Dias Barros
Orientadora: Profª. Drª. Beatriz Daruj Gil
PDF - O léxico e a produção de sentido na prática escrita: uma proposta de releitura do conto O Pequeno Polegar Thatiana Galante de Sa
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Resumo: Os contos maravilhosos, ao longo de muitas gerações, têm contribuído para a formação do imaginário infantil e juvenil, permitindo que seus leitores vislumbrem diferentes culturas e relações sociais vigentes em determinados contextos históricos, além de apresentar elementos mágicos, essenciais para o universo lúdico e encantado da infância. Esta dissertação de mestrado apresenta uma proposta de sequência de atividades desenvolvida com duas turmas de sétimos anos de uma escola pública municipal de São Paulo, a partir de leituras e escrita de releituras do conto O Pequeno Polegar. Objetiva-se observar as escolhas lexicais utilizadas pelos educandos nas expressões que marcam a realidade física e social da comunidade em que vivem, distrito de Brasilândia, Zona Norte de São Paulo, dando visibilidade e voz para aqueles que enfrentam, diariamente, os desafios da periferia de São Paulo, e fortalecendo as construções de identidade. A justificativa para essa abordagem está na necessidade de um trabalho significativo e contextualizado de produção escrita de textos narrativos, que promova o protagonismo juvenil e a expressão de sua cultura e saberes, alinhado ao Currículo da Cidade, documento orientador para o trabalho pedagógico na Secretaria Municipal de Educação. Como suporte teórico da pesquisa e sua realização em sala de aula, recorremos a Bettelheim (1979), Coelho (2000), Paz (1995) e Propp (2002), ao discorrer sobre os contos maravilhosos e infância; Candido (2011), Colomer (2007), Cosson (2014), Gregorin Filho (2010), Lajolo (1997), Petit (2010) ao tratar sobre Literatura; Antunes (2009) e Cardoso (2018) ao tratar sobre o trabalho com o léxico em sala de aula.
Autoria: Thatiana Galante de Sa
Orientadora: Profª. Drª. Elis de Almeida Cardoso Caretta
PDF - Experienciando textos: a leitura diária como percurso para a formação do leitor Verônica Cardoso da Silva
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Resumo: As aulas de português, frequentemente, apresentam a leitura por meio de recortes descontextualizados, para o estudo de aspectos textuais e gramaticais. Priorizam-se questões específicas da escrita ou relacionadas à sua avaliação. Nesse sentido, o trabalho envolvendo a leitura é direcionado para atividades didáticas que desconsideram a contribuição do leitor e o diálogo com a realidade do estudante. A participação do leitor é mínima nesse processo, ficando a cargo do livro didático a tarefa de selecionar o quê, como e quando se ler. Diante da escassez de momentos exclusivos, reservados à leitura, o presente trabalho, desenvolvido no âmbito do PROFLETRAS/USP, tem por objetivo analisar como a prática da leitura diária em uma turma do quinto ano, anos iniciais, no Ensino Fundamental, pode motivar a leitura e formar leitores. Desse modo, aplicamos e analisamos quatro sequências de atividades, bem como as estratégias e as modalidades de leitura selecionadas. Para esse propósito, analisamos o Diário de leitura dos estudantes, entre outros registros orais e escritos. O referencial teórico norteador fundamenta-se em autores que tratam de leitura, como Lerner (2002), Petit (2008), Silva (1998), Solé (1998); de Literatura, como Colomer (2003), Cosson (2021) e Zilberman (1985), e de gêneros textuais, como Marcuschi (2008). Nesse percurso, apresentamos os resultados da pesquisa-ação e suas contribuições para o desenvolvimento dos leitores. Os dados obtidos são promissores, pois evidenciam que a formação do leitor está intrinsicamente relacionada às práticas de leitura que favorecem a participação, o protagonismo e a autonomia do estudante, respeitando sua identidade e trajetória como leitor.
Autoria: Verônica Cardoso da Silva
Orientadora: Profª. Drª. Valéria Gil Condé
PDF - Da escrita para a oralidade: o gênero dramático no material didático do Ensino Fundamental (Anos Finais) e sua retextualização Wellington Rodrigues Ferreira
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Resumo: A presente dissertação aborda a retextualização do gênero dramático no material didático destinado às aulas de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental (anos finais) da Prefeitura da Estância Hidromineral de Poá, São Paulo, à luz das teorias de Análise da Conversação, Oralidade, Retextualização, Teoria Teatral, e Análise de Material Didático, pautando-nos nos estudos desenvolvidos por Anatol Rosenfeld (2017), Fernando Peixoto (2012), Constantin Stanislavski (2016), Mattoso Câmara (1986), Paulo Coelho (1978), Olga Reverbel (1996), Joaquim Dolz e Bernard Schneuwly (2004), Luiz Marcuschi (2008), Dell'Isola (2007), dentre outros que compuseram o arcabouço teórico da pesquisa. O material didático, que em tese deveria dar suporte ao professor, tangencia o estudo desse gênero, e ao deixar de explorá-lo, também deixa de fomentar o desenvolvimento do ensino e da aprendizagem, afinal estamos diante de um texto multimodal, com a possibilidade de desenvolver a leitura crítica, o apreço literário, a expressão corporal, o desenvolvimento social, a oralidade, dentre outras contribuições que permitem ao aluno apropriar-se da realidade e agir sobre ela. A metodologia proposta se constitui dos seguintes procedimentos: i) Pesquisa bibliográfica: leitura e sistematização de obras e referenciais teóricos como base para a análise do corpus e elaboração das atividades a serem aplicadas durante o trabalho; ii) Descrição e análise do material didático adotado e utilizado pela escola selecionada (corpus); iii) Identificação e sistematização da abordagem do gênero dramático no material didático selecionado; iv) Elaboração de proposta de sequência de atividades que contemple a multimodalidade do gênero dramático; v) Aplicação da sequência de atividades com os alunos da escola selecionada; vi) Análise dos resultados obtidos. Compreendemos que para a mudança de tal realidade é preciso uma reflexão profunda de suas causas e a proposição de novos caminhos. Identificamos os problemas encontrados na abordagem do gênero e na orientação pedagógica das aulas. Diante desse fato, elaboramos uma sequência de atividades que explorou o gênero dramático, sua literariedade e suas especificidades, e por fim fornecemos direcionamento aos professores para que possam aprofundar as camadas de interpretação de texto, focalizando no processo de retextualização da escrita para a oralidade.
Autoria: Wellington Rodrigues Ferreira
Orientadora: Prof. Dr. Phablo Roberto Marchis Fachin
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