Ingressantes em 2016

Ingressantes em 2016 

O funcionamento dialógico em artigos de opinião dos anos finais do Ensino Fundamental

Resumo: Nesta dissertação, o objetivo é analisar os artigos de opinião produzidos por estudantes dos anos finais do ensino fundamental de uma escola da rede pública da cidade de São Paulo. Está em foco a defesa de um ponto de vista sobre o tema O impeachment de Dilma Rousseff, em que as relações dialógicas foram estabelecidas com diferentes vozes apresentadas em discursos da mídia impressa e digital, no período de abril e maio de 2016. A fundamentação teórica centra-se nos conceitos de M. Bakhtin e o Círculo tais como esfera de circulação, enunciado concreto, discurso citado e na perspectiva ideológica dos estudos de letramento de Brian Street. O artigo de opinião como gênero do discurso está prescrito nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) como texto argumentativo a ser ensinado nas práticas de leitura e de produção escrita. Esta pesquisa apresentou uma proposta didática dialógica a quatro turmas do 9º ano em três momentos: leitura da coletânea, pesquisa e discussão dos textos; produção de texto (versão 1); revisão e produção de texto (versão 2). Tendo a concepção de escrita como um processo de compreensão responsiva foram selecionados 38 artigos a partir de dois critérios: i) o discurso citado: paráfrase, uso de aspas e cópia ii) a formulação expressiva nos títulos. A análise da apreensão dos discursos da coletânea considerou o engendramento ativo dos sujeitos na produção de sentidos e os vários leitores do artigo: colegas de turma e a professora. No conjunto dos artigos de opinião sobre o tema do impeachment de Dilma Rousseff, foram identificadas quatro formas de argumentação: i) paráfrase; ii) uso de aspas na marcação do discurso alheio; iii) cópia de trechos da coletânea; iv) posicionamento valorativo nos títulos. O resultado da produção dos estudantes mostrou uma diversidade de posições a favor ou contra a situação política polarizada entre pró e contra Dilma. Os recursos argumentativos recuperaram os debates tensos e conflitantes que aconteciam nas ruas e no Congresso Nacional brasileiro. E mostraram diferentes compreensões sobre a mesma informação, sinalizando que o trabalho com a escrita não está desvinculado dos contextos sócio-históricos das práticas letradas dos estudantes, mas refletem e refratam os textos-fonte. Compreender cada texto como resposta ao discurso do outro é proposta de atividade dialógica, um trabalho com discurso político nas aulas de português.

Autoria: Ana Carolina Cuofano Gomes da Silva

Orientadora: Profª. Drª. Maria Inês Batista Campos

 
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Uma experiência de leitura literária no Ensino Fundamental II: A hora da estrela, de Clarice Lispector

Resumo: A presente dissertação tem como objetivo discutir aspectos da leitura literária em sala de aula a partir da leitura do romance A hora da estrela, de Clarice Lispector, aplicada nas aulas de Língua Portuguesa em uma escola municipal de São Paulo. Esta pesquisa insere-se no contexto do Mestrado Profissionalizante em Rede Nacional Profletras, que visa promover a educação continuada dos professores de Língua Portuguesa atuantes no ensino público do país. Por isso, professor e pesquisador aqui são um único sujeito que busca aprimorar e refletir sobre sua prática pedagógica. A partir dos estudos dos documentos oficiais nacionais e municipais e das discussões teórico-metodológicas sobre o ensino de Leitura Literária (ROUXEL, LANGLADE, REZENDE, 2013), foi realizada a leitura compartilhada da obra de Clarice Lispector, com duas turmas de 9º ano em 2017. O planejamento, sua execução e a coleta de dados não se deram sem imprevistos e percalços, típicos em qualquer escola ou sala de aula. Todas essas etapas, bem como os comentários e produções textuais dos estudantes, foram descritas e analisadas com vias a se perceber as leituras realizadas por estudantes/leitores reais em uma sala de aula sob a mediação do professor/pesquisador, leitor experiente que busca uma leitura implicada e significativa. Os resultados demonstram avanços e recuos de estudantes ainda pouco familiarizados com o repertório próprio da cultura literária, mas que a partir de suas experiências pessoais e da partilha de interpretações e impressões apoderam-se e utilizam-se do texto literário de modo singular. Nesta experiência, alguns conceitos provaram ser decisivos para o sucesso da atividade: a mediação do professor, a partilha dentro da comunidade leitora e o pacto que não se estabelece apenas entre leitor e obra, mas entre estudantes e professor.

Autoria: Ana Carolina de Oliveira Morais

Orientadora: Profª. Drª. Neide Luzia de Rezende

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Leitura e leitores: um perfil de alunos do ensino fundamental II em uma escola pública de Campinas – SP

Resumo: Esta pesquisa tem por objetivo mapear, descrever e analisar um determinado perfil de leitores da educação básica, refletindo sobre aspectos da prática de leitura literária, de alunos de 8º e 9º anos, da Escola Estadual, localizada em Sousas, no município de Campinas SP. O foco temático foi compreender a relação do discente com o livro e a leitura, especialmente a literária, tendo em vista suas práticas de leitura de textos literários, indicados (ou não) pela escola. A metodologia estabeleceu-se numa pesquisa-ação de abordagem qualitativa e descritiva. Os procedimentos de coleta de dados realizaram-se por meio de questionários com perguntas abertas e fechadas, na esteira do proposto por GIL (2008) e pela realização de grupo focal visando à obtenção de dados mais precisos que pudessem indicar dimensões mais subjetivas implicadas nos atos de leitura, e por entrevista com as professoras das turmas para sondagem e conhecimento de suas práticas de leitura de obras literárias. Os resultados obtidos permitiram afirmar que esses alunos da escola pública, de modo geral, não possuem domínio sobre as diferenças de gêneros das obras literárias e nem são capazes de desenvolver uma compreensão mais aprofundada dos sentidos das leituras literárias. Uma vez que os alunos realizam as leituras de acordo com suas possibilidades pessoais e oportunidades promovidas pela escola, a ausência de um tempo possível e legítimo para a leitura dentro da escola impacta negativamente sua capacidade leitora, ainda que um número significativo de alunos demonstre interesse pela leitura. O referencial teórico norteador fundamentou-se nos estudos sobre leitura e lugar do leitor em Michèle Petit (2013), Teresa Colomer (2007), Daniel Pennac (1993), além de Chartier (2011), Rezende (2013) e Dalvi (2013).

Autoria: Mônica do Socorro de Jesus Chucre

Orientadora: Profª. Drª. Vima Lia de Rossi Martin

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Além dos muros da escola – uma experiência de debate pelo WhatsApp no Ensino Fundamental II

Resumo: Esta pesquisa tem o objetivo de avaliar as contribuições do uso do aplicativo WhatsApp para um trabalho voltado à ampliação da competência argumentativa e ao favorecimento dos letramentos críticos. Para isso, foram realizados, em ambiente virtual, seis debates com duas turmas de oitavos anos do Ensino Fundamental II. Os corpora constituem-se de aproximadamente 305 minutos de debate, transcritos para um arquivo de texto por meio do próprio aplicativo. A fim de justificar os interesses desta pesquisa e favorecer a compreensão do material produzido pelos estudantes, discutimos, ao longo dos capítulos, sobre as orientações presentes nos documentos oficiais e tratamos da importância dos multiletramentos e das possibilidades pedagógicas proporcionadas pelas Tecnologias da Informação e Comunicação. Além disso, apoiando-nos na teoria bakhtiniana acerca dos gêneros do discurso e, através das contribuições de Marcuschi (2004), buscamos verificar o desenvolvimento do gênero debate a partir do espaço digital oportunizado pelo aplicativo WhatsApp. Recorremos também a um aporte teórico relacionado à argumentação, tendo em vista a necessidade de construirmos uma base significativa e relevante a ser utilizada em nossas análises dos corpora. Nesse sentido, destacamos as contribuições de Perelman e Olbrechts-Tyteca (1996 [1958]) que retomam a retórica aristotélica, bem como os estudos de Amossy (2007), importantes para este trabalho, na medida em que compreendem a dimensão argumentativa como característica inerente a quaisquer discursos. Os resultados permitem ratificar a validade do espaço virtual utilizado para a prática argumentativa a partir de um contexto em que os estudantes encontram interlocutores reais com os quais podem argumentar e defender seus posicionamentos.

Autoria: Anderson Oliveira Martins

Orientadora: Profª. Drª. Zilda Gaspar Oliveira de Aquino

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Língua e cultura em sala de aula: o ensino das expressões idiomáticas para estudantes de português como língua materna

Resumo: O presente trabalho tem como objetivo analisar de que maneira o conhecimento/desconhecimento das expressões idiomáticas interfere na compreensão de textos que as utilizam como recurso para construção de sentidos. Tal investigação justifica-se pelo fato de os alunos da etapa inicial do Ensino Fundamental II (especificamente sexto ano) apresentarem dificuldades na leitura de textos que tenham tais expressões, já que essas unidades lexicais apresentam forte carga cultural, demandando que os usuários da língua empreendam conhecimentos lexicais e culturais para compreendê-las. Para o desenvolvimento desta pesquisa, elaboramos uma proposta de intervenção didática e a aplicamos aos alunos de duas turmas de sextos anos de uma escola municipal de cidade de São Paulo. Os resultados de tal intervenção forneceram-nos corpus para analisarmos o nível de conhecimento das expressões idiomáticas que os alunos apresentavam antes da intervenção didática, o percurso de desenvolvimento da competência lexical ao longo da produção das atividades e os resultados do trabalho após a etapa final da intervenção. A partir dos resultados obtidos, observamos que o ensino sistematizado do léxico é uma estratégia que acarreta consequências positivas tanto em relação à competência lexical quanto às competências leitora e discursiva.

Autoria: Lígia Fabiana de Souza Silva

Orientadora: Profª. Drª. Mariângela de Araújo

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Ambiguidade lexical e humor: Proposta de atividade para o sétimo ano do Ensino Fundamental II

Resumo: Os documentos oficiais e a concretização das propostas no livro didático analisado abordam a ambiguidade lexical como algo a ser evitado e corrigido através de estratégias de desambiguação, ignorando a importância da natureza polissêmica da língua como recurso expressivo na comunicação cotidiana e como instrumento fundamental do humor, especialmente as variantes de humor popular e infantil. O presente trabalho busca abordar a ambiguidade lexical, polissemia e homonímia, no gênero tirinha cômica, texto multimodal e humorístico, visando observar a eficácia da proposta de leitura e produção como exercício de contextualização, levando os alunos a observarem, explicarem e produzirem texto, utilizando-se dos diversos significados possíveis das palavras em uso, em situação concreta de enunciação. A proposta se dá dentro do conceito de multimodalidade, trabalhando a ambiguidade lexical e o letramento visual, objetivando que o aluno não apenas observe e compreenda as tirinhas apresentadas, mas também que produza a sua própria, compondo o texto com os elementos verbal e visual. As atividades foram divididas em dez passos: pesquisa e compartilhamento de HQs, atividade diagnóstica, análise da ambiguidade lexical em tirinha cômica no livro didático, jogo digital Quem ri seus males espanta Piadas, consulta às diferentes acepções no dicionário, escrita do glossário de unidades lexicais polissêmicas ou homônimas, elaboração do roteiro da tirinha, autoavaliação, produção final de uma tirinha cômica e apreciação dos trabalhos das turmas.

Autoria: Daniela Berciano Sinhorini

Orientadora: Profª. Drª. Elis de Almeida Cardoso Caretta

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O poema no ensino fundamental II: jogos lúdicos, leitura e produção textual

Resumo: O desenvolvimento da competência leitora e escritora nem sempre ocorre na escola de modo pleno. Desse modo, os níveis de letramento, no ensino fundamental II, avançam lentamente. O estudante nem sempre consegue utilizar os recursos linguísticos para escrever textos e/ou interpretá-los. A presente pesquisa justifica-se pela intenção de sugerir atividades didáticas que de fato promovam o desenvolvimento das competências em leitura e escrita. Assim, foi estudado o letramento mediante as propostas que empregam os gêneros textuais como estratégia didática no ensino de língua materna. Por meio da elaboração e aplicação de atividades, o objetivo é verificar se a leitura e comentários orais decorrentes, bem como as atividades de escrita, auxiliam o estudante (sexto ano) a confeccionar poemas. A hipótese estabelecida é a de que uma proposta fundamentada na leitura (silenciosa, compartilhada) e nas rodas de conversa corrobora com a apropriação das características do gênero poema e, por conseguinte, viabiliza indivíduos agentes, que conseguem escrever textos com autonomia. A metodologia desta pesquisa organizou-se em cinco etapas: percurso histórico dos processos de aprendizagem em Língua Portuguesa, apresentação do gênero poema e suas especificidades, aplicação da proposta didática, coleta de dados (textos escritos pelos alunos individual e coletivamente) e, por fim, análise qualitativa dos dados. Fundamentou esta pesquisa os conceitos de letramento (Antunes, 2009; Kleiman, 1998, 2007; Rojo 2004, 2005; Soares 2002, 2004), os conceitos de dialogismo no texto literário (Bakthin, 2016; Fiorin, 2006), os conceitos do gênero poema (Bosi, 2000; Goldstein, 1999, 2006, 2007; Martins, 2008), os conceitos de agência (Bazerman, 2006), os conceitos de autoria (Possenti, 2007; Tfouni, 2015) e os conceitos de éthos (Amoussy, 2011; Discini, 2014). Concluiu-se que uma proposta didática bem fundamentada conduz o estudante a apropriar-se das características do gênero e a escrever poemas com traços de autoria.

Autoria: Liliane Battistin

Orientadora: Profª. Drª. Norma Seltzer Goldstein

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Redes sociais no contexto escolar: a argumentação no Facebook

Resumo: Este trabalho trata da argumentação que ocorre em face das interações via rede social, buscando detectar traços relacionados às estratégias argumentativas utilizadas por alunos da rede municipal em publicações no Facebook produzidas e postadas no contexto escolar. Para isso, atenta para o modo como essa rede favorece a interação e as intervenções do professor, contribuindo com o desenvolvimento da argumentação, seleção e uso de argumentos e com a construção da relação auditório/ethos em textos desses estudantes. Nessa perspectiva, o discurso é visto como resultado da interação e constituído a partir das relações dos interlocutores com o meio. Desse modo, a partir da Teoria da Argumentação inscrita na Nova Retórica, consideramos o estudo das técnicas discursivas que permitem suscitar a adesão às teses e observamos como elas desenvolvem-se nas redes, particularmente o Facebook, que tem por característica principal a ação colaborativa dos internautas. Além disso, a pesquisa volta-se para o ensino e, por consequência, para as habilidades descritas nos Parâmetros Curriculares Nacionais (1998) e na Base Nacional Comum Curricular (BNCC 2017) apontadas como imprescindíveis nos processos de aprendizagem que envolvem textos da ordem do argumentar. A pesquisa insere-se no âmbito da Linguística Aplicada ao Ensino e, para alcançar os objetivos propostos, tomamos como embasamento os Estudos do Discurso, em que tratamos da Teoria da Argumentação, da Linguística de Texto e da Teoria Sociointeracionista da aprendizagem. O corpus constitui-se de publicações do Facebook, produzidas pelos estudantes e coletadas em três etapas: contexto escolar inicial, contexto escolar durante o projeto e após intervenção por meio de aplicação de sequência didática.

Autoria: Elisangela Pereira da Silva

Orientadora: Profª. Drª. Zilda Gaspar Oliveira de Aquino

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Placas e cartazes: o uso de gêneros discursivos nas aulas de português do Ensino Fundamental

Resumo: Esta dissertação apresenta a pesquisa desenvolvida a partir da aplicação de uma sequência didática que utiliza os gêneros placa e cartaz para o ensino de língua portuguesa em uma turma de sexto ano do Ensino Fundamental. Tal proposta objetivou aprimorar as habilidades leitora e escritora dos alunos, além de ressaltar que o sentido dos enunciados é construído para além dos elementos linguísticos. As placas e cartazes são considerados enunciados (BAKHTIN, 2016) e em sua composição encontram-se os signos verbais e visuais. Tais signos produzem conteúdo explícito e implícito construídos a partir de elementos como: volume, cor e imagens. O trabalho com a linguagem verbo-visual dos gêneros mencionados é pautado na necessidade de explorar os elementos visuais, os artifícios utilizados na composição desses textos e as consequências disso no modo de interpretá-los. Como procedimento metodológico, opta-se pela pesquisa-ação, a partir das ideias de Santos (2012). Além disso, apresentam-se a contribuições teóricas de Volochinov/ Bakhtin (1999), Bakhtin (2016), Bortoluci (2010), Mirzoeff (2003), Kress (2005), Freedman (2003), Dondis (1991), Guimarães (2000) dentre outros, que discorrem sobre gêneros discursivos, cultura visual e elementos verbo-visuais. Para análise dos dados, realiza-se a comparação das duas produções de texto (inicial e final) elaboradas pelos alunos, além de pequenos relatos dos estudantes sobre as aulas que compuseram a sequência didática.

Autoria: Mariana Jablonski de Freitas Eleno

Orientadora: Profª. Drª. Maria Helena da Nóbrega

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Escolhas lexicais e caracterização de personagens: uma proposta de atividade didática com base na leitura e no Role Playing Game

Resumo: O conhecimento do vocabulário integra o repertório que o leitor utilizará no desvendamento dos sentidos do texto. Parte considerável desse repertório é adquirido em espaços informais, porém a escola tem um papel importante nessa aquisição. Antunes (2012) acredita que o ensino sistemático do léxico pode auxiliar nesse processo, mas que os materiais didáticos pouco se atentam para isso. Paralelamente, o avanço das tecnologias de comunicação modificou todos os espaços sociais, inclusive a escola. Rojo e Moura (2012) alertam para a existência de uma produção cultural híbrida e orientam para que as práticas escolares reconheçam a existência de múltiplos letramentos que variam no tempo e no espaço. Uma vez que a escola precisa atender à diversidade social e cultural, e o ensino de língua, proporcionar a construção de habilidades necessárias aos letramentos do mundo contemporâneo, o trabalho aqui delineado empregou o Role Playing Game (RPG) como suporte para um trabalho de leitura, escrita e ampliação de vocabulário. A sequência de ensino elaborada foi destinada a estudantes do sétimo ano do Ensino Fundamental II e incluiu a leitura do livro infanto-juvenil O Clube dos Sete, de Marconi Leal (2015), o desenvolvimento de um jogo RPG e, finalmente, a aplicação de um conjunto de atividades de reflexão, cujo objetivo principal é propiciar tanto o desenvolvimento de uma leitura crítica e reflexiva quanto das escolhas lexicais na construção de personagens. A aplicação da proposta demonstrou que a inserção de um gênero vernacular e lúdico como a narrativa interativa para o ensino de vocabulário na educação básica é relevante pois propicia a aprendizagem espontânea e a motivação para a troca e o diálogo.

Autoria: Patricia Torres

Orientadora: Profª. Drª. Elis de Almeida Cardoso Caretta

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